sexta-feira, 28 de outubro de 2011

inspirando

Olhei.
Fechei os olhos; sentei-me. Tentei sentir o que se passava por ali, aqui, naquele instante, momento. Eu, ao repousar das pálpebras, abaixei meus braços suavemente sobre as pernas, com as mãos quietas, deixando-se levar pelo som que saía do piano do vizinho, que tocava divinamente. Ouvi tudo o que se passava: das asas de um pássaro, ao encosto da poeira no chão. Pensei em nada, apenas enxerguei dentro de mim tudo o que havia de ser. E era. Era um silêncio azul, cheio de tranquilidade e saudosismo. Cheio. Senti na pele o vento frio que se refugiava. Refugiava-se em meus pêlos finos do braço. Uma lágrima desceu de meus olhos fechados: era reflexo de minha alegria interna. Minha "pacificidade". Inspirei e soltei forte o ar presente. Senti-me. Estava feliz.

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