segunda-feira, 6 de agosto de 2012

da ida

você não me deu muita chance.. me atrevi a um vinho e depois um conhaque daqueles lá do armário, que guardou com tanto amor.. o amor que estava preso, sem ao menos ter tido a chance de se (a)mostrar.. eu me marquei, fiquei em seu corpo, a te abraçar e a agarrar em cada braço.. mas tudo tão em vão.. tive um cigarro ao meu lado durante esses tempos.. você não se fez droga pra mim.. meu vício se perdeu em outros ares.. e fui tomando rumo e degustando o que pensei degustar após umas flores.. hoje eu não tenho pena.. descobri um amor maior: me descobri.. e percebi que cada canto e curva sem marca de amor foi se desenhando e se pintando de uma tinta outra, que sabia fazer brilhar meus olhos.. meus dedos tomaram novos caminhos, minha face já não tão rubra.. agora eu já arrumei tudo, ensaquei cada sentimento e marca de amor.. leva-te e também o meio vinho: era seco!

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