sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

diante do ser-evento

Eu me guardei no caleidoscópio que lancei sobre o mundo. Olhei as pessoas pelo embaraço, dancei a vida ao um som de cores, saí em busca de um ser que se fez de novo em nada. O ser e o nada, mais uma vez marcando o ser-evento que me constitui. E nas esferas da vida nas quais tenho me encontrado, percebo em cada espelho solto pelo real uma imagem cada vez mais avulsa  talvez distorcida, do eu que ainda não se formou por completo. Talvez uma busca, talvez um andar solto. Não sei; não me sei. Ouço baixo o tom, o toque de cada som, seguimento perdido, cada som demasiado, cada cor cheia de poesia. E não soube nunca saber amar. Não soube sentir. Nem existir.

Nenhum comentário: