quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Toque, toque, toque!

Toque, toque, toque! Escuto toda noite. É um som de rotina, daqueles que não saem da gente! É minha música, meu sinal, meu tom de chegada. Como se dissesse: e aí vem ela, Bárbara, a glamurosa. Muitos me chamam assim: a cheia de graça de Ipanema. Pois bem, é isso! Não tenho muita coisa a falar. Bares, botecos, danceterias, blocos e outros pontos de apoio. Não tenho vergonha e nunca tive, na verdade. Sou uma "sem vergonha" original e patenteada. Se achar outra igual, é cópia. Muitos podem dizer que eu não sou profissional! Que se dane. Eu faço meu trabalho, sou uma boa opção da área, sou a profissional, só não tenho profissão. É, sabia não que o meu trabalho é um descaso? Sabia não que eu sou a "destrói lares" das belas famílias carioca? E eu vou fazer o que? Nunca mandei se apaixonarem por mim e também essas mulheres não fazem mais o serviço direito e findam chorando sozinhas depois. Serviço... uma palavra constante pra mim; uma coisa que não acaba! Um dia será diferente e pode mudar pra bom ou pra ruim. O bom é que eu posso encontrar o príncipe com quem sonho desde uns doze anos, quando bati o ponto pela primeira vez. O ruim é que se não existir conto de fadas, eu também não irei existir: vou morrer de fome quando as rugas chegarem! Mas o importante é o agora, concorda? [riso meigo; uma ou duas lágrimas] Cinquenta, cem, duzentos... mil. É hora de partir e revelar meus pés por aí.

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