quinta-feira, 26 de maio de 2011

Bárbara não entende suas amizades.

Bárbara não sabia que amizade poderia ocorrer de diferentes formas. Ela conseguia confiar em uns e em outros não. Aceitava o jeito daquele, mas não deste. Achava lindo e amava o tal e o outro era apenas um "bom irmão". Ela era confusa, por que dentre as pessoas que andavam à sua volta, ela queria a confiança e o carinho de todos, mas ela não entendia: ela pensava que todos iriam confiar nela e que todos se importariam com ela. Foi decepcionante para Bárbara, descobrir que na verdade amizade não se pode generalizar. Na verdade deveria existir - ou existe e eu não sei - conceitos de amigo: aquele próximo; aquele que amo mas não é próximo; aquele com quem compartilho as coisas e amo... Talvez assim a pobre entendesse o que cada amizade representa. Talvez assim ela conseguisse pesar quem era mais ou menos importante em sua vida. Me perdoe caro leitor, mas terei de fazer uma observação minha: acho que o mais importante é aquele em quem confiamos e que liga para nós; que nos dá atenção, porque o que a gente simplesmente ama pode nos dá as costas amanhã, da mesma forma que também podermos fazê-lo, e aquele com quem compartilhamos de nossas angústias e alegrias são os que geralmente "dura mais"; os quais amamos demais e que sabemos poder nos jogar na vida junto a eles - sim, devemos nos jogar junto àqueles que nos fazem felizes e não àqueles que só nos expressa loucura. Pobre Bárbara, tão doce com todos e ao mesmo tempo tão doida, mas não percebe que talvez naqueles olhares em que não se confia possa haver alguém que realmente se interesse por ela, apesar de não demonstrar. Mas agora é tarde: quando Bárbara tentar dizer algo e tentar ser entendida, aquele que a escuta pensará que a confiança estabelecida de maneira rápida é apenas uma satisfação para a "cobrança" da confiança da moça, que na verdade não existe.

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